Da torneira
pinga a pia,
jorra água
no cortejo
rumo ao ralo,
que absorve,
com frescor
a seiva,
orgasmo
dissoluto.
Entrepingos,
vislumbram-se
borrões molhados
em claroscuro,
silhuetas
interrogantes,
angustiadas sequências
de quase-sentido.
Os pingos pingam
e marcam o tempo,
que passa,
com pressa,
e não volta,
dilatando o espaço em
torno.
Côncava,
a realidade reflexa
do pingo d´água
se desfaz em queda
livre,
espatifando-se
em sonoras pinceladas.
Ato contínuo,
da boca redonda da
torneira,
vislumbra-se um parir
de pingos,
outro pingo,
a desafiar
alteridades...
E.S.C., março/15
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